quinta-feira, novembro 10, 2011

Madame

Limão escorrido por lábios leporinos. Égua urbana e listrada, cordas de violino por crina. Longo focinho de primata primevo, profundo alimento pútrido no chão azedo. Língua de cobre e fogo, látego viral, epidêmico, suíno. Vítreo e lustroso casco no oco avesso da aridez de Píramo. Fruto conveniente e tímido do conúbio proibido, parisiense, genocida contente. Livro de pergaminho lente, leito ainda quente do estábulo, tabernáculo do anticristo. Verme estarrecido e forte, risco de corte augusto, virgem. Lebre de ervas robusta, uniforme, besta loquaz de envergadura enorme. Sangue dos olhos no mato, livre das lâminas, saliva de carrapato. Pena dos colos, escoadouro dos tatos, vinte e oito beiços, aos pares, delicados flatos. Ácidos golos, Ganges, barbante dos mares, grosso costume dos monges. Fonte do gelo, horizontes de infernais volteios, rinoceronte. Leve metal esférico, segredo, liso e fixo pé sem dedos. Barco sem náufragos, flagrante medo. Impessoal.