sábado, fevereiro 04, 2012

A real, talvez apagada

Existe uma Leila que está somente em meus olhos, bela, suave e veemente. Aquele que puder verá, contanto seja pobre mortal, um relance de sua verdadeira e efetiva morada.

A Leila real, talvez apagada pela opacidade de sua pele. O cabelo liso e sedoso, morto no pescoço, porque não devorou ela inteira e tinha vontade. Leila é apagada porque viva. Vive porque mata. Opaca porque translúcida nos olhos, que não existem senão pela mão que extermina.