domingo, maio 22, 2011

Bloodbath

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Cara de leite moça
Secando suja nas louça
Poliuretana de base.
Vintchumas pele no saco
Chupando feito macaco
As carne e as fosfatase.

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Brilhou os dedo e os calo
Os cabelo tamém, no embalo
E dormiu o sono dos justos.
Guardou a remela nas unha
O ranho rastou nos punho
E pintou-se como de luto

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Tomou um caldo de cana
Esfregou lima na xana
E alfazema nas cueca limpinha
Lambeu o sol de omelete
Entrou numa sala de chete
E alegre foi ser bem putinha.

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Besouro de bosta sem casca
Surfando o Jardim do Alasca,
Era disso que eis falava.
Lua de ló meimarela
Fartura, minanca e vela
Era burra e meia cavala.

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Lembrou da vó e dos bicho
Dos pinto que tava no lixo
E daqueles que era futuro.
Soltou o calor do subaco
Na cara do Homem do Saco
Te amo é tudo que eu juro.

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.

Lá longe vem a fronteira
No cabo da frigideira
Querdita quem quer ni nóis.
Amor, caroço de abacate
Morde muito mais que late
Grita mas num tem mais voz.

Meu amor não tem segredo,
Não guarda nem peido.