domingo, agosto 14, 2005

missiva

Si con te, silenzio.

Chegam aos poucos. Os uniformes bem lhe cabem, justos, assim enfrentam os calores, a fadiga. Simpáticos e sorridentes, nada fazem mal a uma mosca; uma criança bem os recebe, como que fraternalmente. Sua bondade recrudescente faz o mundo padecer, são políticos, verdadeiras armas do exterior, fecundas exibições das infinitas possibilidades. São a beleza da moda, refletem e criam, simul, são e formam.
Crer na beleza do todo. Que capacidade! Tratam-nos com malícia, à maneira simples. Nuova scuola, nuova arte. Os dragões foram os últimos monstros de seu bestiário. O requinte com que abordam assuntos inexoráveis equivale à comichão de oxiúro de seus luxos intocáveis. Siglas e carteiras, o bônus dos vários meios transcendentes. O bronze do uísque trancado em suas maletas biônicas. Cigarras pernetas, caolhas e roucas enroscando-se prazerosamente a seus falos insaciáveis, discordadas fêmeas, atraídas pela bela paisagem pantanosa, movediça.
No espelho, a massa cinzenta. Os homens de finanças pensam nos futuros lançamentos, o quanto pesa o vento de abril, em que consiste a idéia etérea, qual dos elementos mais lhes agrada ser a origem, que era deles antes do caos. Tudo uma séria aposta, seria e bella, como quando arranhavam o ventre materno, interno. Em seu próprio útero fetal germinavam o desenvolvimento. São filhos bastardos da Ciência, que no momento da debilidade os chamava para si, como a cometer um incesto por eles deliberado.
Lidar com números, lemingues. Progresso.
Um risco na tua testa.

Paura.